Quando eu tinha 6 anos, ou menos, meu pai morava numa casa alugada, a gente a chamava de casa de leões porque tinha duas estátuas de leões em cima do muro da frente. Era um muro baixo, e por dentro o quintal era quase da altura dele, tinha um canteiro de dama da noite, que perfumava bastante a noite. Uma escada em semi-circulo levava até a varanda, onde ficava a porta de entrada.
Um dia meu irmão e eu começamos a brincar de policia. Ficávamos em pé em cima do muro, erámos os fugitivos, os veículos que passavam na rua eram a polícia, da qual tinhamos que nos esconder. Nosso esconderijo era dentro da varanda, então, quando vinha um carro, corríamos, subíamos a escada e nos escondíamos e depois que o carro passava descíamos correndo pro muro.
O Cauê ao invés de descer a escada pra voltar ao muro, pulava de cima dela direto para o quintal, mas eu tinha medo e preferia fazer do modo tradicional. Em certo momento tomei coragem, ele me explicou como fazer e eu pulei. Pulei algumas vezes, mas poucas pois logo depois torci meu pé.
Querendo entrar em casa para descansar, mas com medo do meu pai perceber, combinei com o Cauêde entrar fingindo que estávamos brincando de cachorrinho. Entramos engatinhando e latindo e atravessamos a sala onde meu pai estava assistindo tv. Nem cheguei ao final, pois ele me chamou o que estava acontecendo.
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