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30 abril 2014

Fugindo de Casa

Minha irmã Anna Carolina nasceu quase 8 anos depois que eu, em 1995 e era uma bebê como qualquer outra, careca. Kk. Quando ela tinha 1 ano, mamis alugou sua primeira casa no Jd. São José - Suzano, era próximo à avenida e à um campão com barrancos.

Ela, como sempre, trabalhava e, mesmk nos fins de semana que eu passava na casa dela, ela saía e nos deixava sozinhos. Eu com 9, Cauê com 10 e a Anna com 1,5 anos. Hoje me pergunto como sobrevivíamos, pois não me lembro de comer ou me preocupar com isso.

Quando mamis saía deixava a Anna no berço e trancava a porta para que não saíssemos e nos orienrava a não atender ninguém. O quarto tinha uma janela sem grade numa altura razoável. Depois que ela saía, dávamos um tempo, então meu irmão me ajudava a pular a janela, me entregava a Anna e logo em seguida pulava também.

Nosso destino? O campão. Trê níveis de barrancos de terra vermelha. Era o paraíso. Deixávamos a Anna na base do campo pra ela brincasse com a terra. Como ela ainda era um bebê bonzinho, ela não fugia e a gente também nem se preocupava.

Então subíamos os barrancos e escorregávamos sentados em papelões, garrafas pets ou de bunda mesmo, o que tivesse ou o que escorregasse mais. Subíamos e descíamos o dia inteiro e nao cansávamos nem sentíamos fome. Não sei como mas sabíamos a hora certa de voltar pra casa, mesmo sem relógio. E quando dava a hora, corríamos para casa, tomávamos banho e dávamos banho na Anna também, escondíamos as roupas vermelhas de terra que nos entregariam e esperávamos pela chegada da mãe.

Quando ela chegava, encontrava a roupa suja e perguntava se tínhamos saído mas negávakos até a morte. E, então, ficava por isso mesmo.

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