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26 abril 2014

ói, ói o trem...

Eu era criança. Bom tempo aquele. Lembro-me muito bem que meu pai não era como os demais, alias até hoje não é. Ele nunca deixou os anos envelhecerem seu coração, sua mente, seu corpo ou sua alma. Uma criança. É como me lembro dele. 

Certa vez me levou para conhecer a linha do trem, acredito que seja no percurso da antiga variante. Apesar de nao me atentar a detalhes como percurso ou localizaçao, acredito que tenha sido proximo à atual estação Ermelino Matarazzo. 

Levou-me à pé, e assim era na maioria das vezes, de casa até um muro alto e branco. Muito alto pra mim que provavelmente nao tinha mais que 6 anos de idade, mas lembro-me também que era maior que meu pai. O muro era extenso, aparentemente sem nenhuma brecha para que entrássemos. 

Atrás de um ponto de ônibus o muro era diferente, não seguia em uma linha reta, mas em paralelas. Paralelas que terminavam em uma escada de blocos para cada lado. Me pergunto por que não corrigiram aquele defeito, mas agradeço por ele estar lá.

Meu pai me ajudou a subir mas desci sozinha do outro lado, ele veio logo atrás. Caminhamos de mãos dadas até os trilhos e sobre eles. Não havia trem algum. Me diverti pulando e me equilibrando sobre a ferrovia, até atirei pedras. Mas o ápice do passeio foi emcontrar uma pequena poça na qual nadavam, inocentes, alguns girinos. Será que eram girinos? Ou larvas de algum inseto? Kkkk minha memória infantil me diz que eram girinos, então fico com essa opção. 

Fiquei a observá-los por longo tempo, sempre me atraí por animais assim.... Depois de curtir muito a companhia do meu pai e dos girinos (rs) pulamos o muro para a rua e seguimos o caminho de casa. Com certeza, naquele dia, meu coração de criança estava radiante. Uma grande aventura que meu pai me proporcionou, que não quero me esquecer nunca

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